terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Para mim mimar é muito mais do gestos, palavras. É dia a dia, é olhar, é pensamento é expressão. Bernardo como primeiro neto de ambas as partes tinha tudo para ser uma criança "mimajenta" mas não o é, salvo com a sua avó materna. Criança sente quem ama de verdade, quem tem o coração puro e protetor. Bernardo é isso é pureza. Ele sabe bem em quem confiar e escolhe bem em quem vai aplicar seus momentos de mimado enlouquecido. Comigo mãe, no geral é tudo muito light, ele sempre faz a sua manha com delicadeza e entende tudo com tranquilidade. Mas a vó ele deixa de cabelo em pé! Também pudera, ela sempre faz tudo como ele quer, na hora que ele quer  e ainda alguém me vira e diz.. "ah, vó é pra estragar". Discordo totalmente. Vó é pra amar e educar também e ela sabe dar o pão e o pau pros netos dela. Amor, carinho, dedicação e muita educação. Tudo junto e misturado. O papel dela é mimar, por que não existe melhor lembrança na cabeça de uma criança do que o amor e mimos dos avós. O Bernardo usufruiu demais dos dois avós, tinha um avô que mimava mais do que a avó, sabe aquele amor que tá no olhar? Meu pai amava com o olhar... era o querer estar perto, estar junto, acalentar.. a paciência de quem foi pai e a paz de quem é avô. Nada, no mundo compra tal sentimento. Infelizmente Arthur não pode ter essa experiência, mas ele tem um tio-padrinho que também faz papel de vô muitas vezes e tem um avô que mesmo no céu tá aqui com a gente. Bernardo fala do avô no presente,como pode uma criança que perdeu o avô com 1 ano e 7 meses lembrar de tudo? Só tenho uma resposta pra isso: O amor.
Dani Lage

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Maternidade em dois atos, resumidos.

O primeiro teste positivo caiu como uma bomba. Uma bomba de felicidade, de amor, de entusiasmo. Meu Deus, eu mãe? Não poderia haver no mundo nenhuma mulher mais feliz do que eu. Um filho, amado, querido e muito esperado que veio para somar, alegrar e nos fazer formar uma família. Bernardo, que mesmo antes de ter um nome, de mexer, já era o coisiquinho mais amado e esperado da minha vida.
Como não sabíamos o sexo, chamavamos ele de bibi. Bibi era muito serepele  mexia demais na barriga e crescia de forma desoladora. Eu queria curtir cada momentinho mas o tempo voava e ele chegou quando eu estava pronta. Me sentia mãe, pensava como mãe, agia como mãe. Li TUDO que existe na terra sobre maternidade, sobre todos os ângulos que existem, maneiras, formas, crianças, fases, TUDO. Me sentia completa. Falava toda hora, para aquele barrigão enorme que se mexia demais quando eu comia uma fruta ou beijava seu pai. VEM vem Bernardo VEM!
E ele veio. Lindo, branquinho, cabelo pretinho, como poderia Deus ser tão maravilhoso pra mim? As vezes, amamentando ele, com os seios doloridos, sem dormir, só pensava em como a mulher é abençoada por vivenciar a maternidade. O pai mesmo que participativo, não gera, não sente mexer, não amamenta, não vivencia. Bernardo era dorminhoco, mamava muito, mas não era nem de perto fã de tetê como o seu irmão Arthur.  Sempre foi muito esperto, amoroso, afetivo demais.. acho que isso ele puxou da mãe. Cresceu e como cresceu, hoje com 2 anos e 6 meses e um irmãozinho LINDO ao lado ele é o meu filho amado e esperando, e nem se eu tivesse desenhado com a própria mão Deus poderia ter acertado tão em cheio. Ele foi feito exatamente para mim Danila, mãe dele. É um amor que sufoca, que dói e que é vivido todos os dias, da hora em que acordamos a hora em que vamos dormir. Cada frase de amor, de carinho, cada tirada nova, cada riso, abraço, beijo... tudo é tão intenso.
Mas e o segundo ato dessa maternidade?
Veio quando o Bê tinha 7/8 meses. Completamente inesperado.
Mamãe não estava preparada, a família toda estava curtindo um bebêzinho e eis que iriamos ter outro bebê que loguinho se chamaria Arthur.

Arthur veio como um furacão. Modificiou completamente nossa rotina. Não dormia, mamava 6 horas sem parar, chorava demais (estavámos acostumados com o Bê que mal emitia um som rs) e o que minha mãe sempre disse se firmava: Cada criança é um mundo.
Fato.
O Arthur era um novo mundo que amedrontava. Demorei 4 meses para dormir mais de 3 horas seguidas em uma noite, de dia? O dia pra ele sempre foi um acontecimento. Não perdia mais de 20 minutos dormindo durante o dia. Com 8 meses ele foi descobrir o quão delicioso poderia vir a ser a soneca da tarde. O que ajudava era que o Bê sempre hibernou, então, não sobrecarregava tanto.
Mamou muito peito até os 8 meses. Hoje em dia o tetê dele, como ele mesmo diz, com 1 ano é apenas um agradinho, rola uma mamadinha básica as vezes mama mas confesso que nisso tudo eu sofro muito mais rs
Ele é lindo, esperto, repete todas as palavras ditas, corre, pula, brinca, dança e canta também.
Quando olho para eles sinto a plenitude de mulher. Uma mulher completa, sem espaço pra qualquer outro sentimento se não o amor.
Quem não experimentar da maternidade, jamais saberá do que falo.
Hoje, nesse post inicial, basicamente contando resumidamente sobre meus pintinhos, me despeço com duas fotos lindas, que resumem tudo que foi escrito aqui.

O amor.


Berrnardo ao nascer!
Arthur ao nascer!
Bernardo (1a7) Arthur (4m)


Dani Lage